Presidente do fundo que financiou os estudos da vacina Sputnik V disse que a Rússia já começou o processo de transferência da tecnologia para uma empresa brasileira
Por G1
O presidente do fundo que financiou os estudos da vacina Sputnik V, Kirill Dmitriev, disse nesta segunda-feira (19) que há esperanças de que a produção da vacina russa contra a Covid-19 comece em dezembro no Brasil. O Instituto Gamaleya, desenvolvedor da vacina, também prometeu publicar os resultados da fase três dos testes da Sputnik V em novembro.
Dmitriev afirmou que a Rússia já começou a fazer o processo de transferência de tecnologia para uma empresa brasileira produzir a vacina russa.
Segundo o CEO, esse processo, normalmente, leva até seis meses. Entretanto, por causa da gravidade da situação, ele está sendo acelerado. “Vamos começar a entrega se tivermos a aprovação das autoridades sanitárias locais”, pontuou.
Brasil, Índia, China e Coreia do Sul são os países em que o fundo espera produção em grande escala. México e Venezuela foram citados como outros parceiros na região, e Argentina e Peru, como alvos de possíveis expansões.
Segundo o Instituto Gamaleya, a vacina garante imunidade de até dois anos contra o novo coronavírus.
Aprovação da Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda (19) que ainda não recebeu nenhuma solicitação formal de autorização de estudo clínico ou pedido de registro para a vacina russa contra Covid-19.
“As solicitações de autorização de estudo ou de registro devem ser apresentadas pelas instituições responsáveis pelo desenvolvimento da vacina. Somente a partir da submissão dos pedidos é que a Anvisa analisa cada pleito”, disse em nota.
40 milhões de casos no mundo
O mundo alcançou a marca de 40 milhões de casos confirmados do novo coronavírus, apontou o monitoramento da universidade norte-americana Johns Hopkins nesta segunda-feira (19). O número de mortos pela Covid-19 desde o início da pandemia em todo o planeta passa de 1,1 milhão. EUA, Índia e Brasil concentram mais da metade dos casos no mundo.
No domingo (18), a Europa chegou a mais de 250 mil mortes por complicações do novo coronavírus, um quinto de todas as mortes por Covid-19 no mundo, desde o início da pandemia. O continente registra também mais de 7,3 milhões de casos da doença.
oto: Tatyana Makeyeva/Reuters