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Amostras de pele são suficientes para detectar Covid-19, indica estudo

Método alternativo ao RT-PCR, a coleta não invasiva pode avaliar a manifestação da doença a partir dos níveis de gordura na pele

Por Revista Galileu

Pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, podem ter encontrado uma alternativa à incômoda sensação de ter um cotonete inserido no fundo da garganta e do nariz para identificar a Covid-19. Conhecida como RT-PCR, a técnica é considerada o padrão de ouro para testar a doença. Mas agora os cientistas concluíram que uma raspagem não invasiva de pele pode ser suficiente para detectá-la.

O estudo, publicado em março pelo Lancet, foi concluído junto a profissionais do Hospital Frimley Park e das universidades de Manchester e Leicester, todas instituições inglesas.

Os pesquisadores coletaram amostras de 67 pacientes hospitalizados. Entre eles, 30 haviam testado positivo para a Covid-19 e 37 testaram negativo. Em cada pessoa, foi feita uma raspagem de pele em regiões oleosas do corpo (como rosto, pescoço e costas), com o intuito de coletar o óleo produzido pelas glândulas sebáceas — o sebo.

O material coletado, bem como sua massa, foi analisado a partir de um método químico. Uma modelagem estatística também foi utilizada para diferenciar as amostras positivas e negativas da Covid-19. A equipe de Surrey descobriu que os pacientes com teste positivo para Covid-19 tinham níveis de gordura mais baixos do que aqueles com teste negativo.

Para o George Evetts, consultor em medicina de anestesia e terapia intensiva no Hospital Frimley Park, a amostragem de sebo é um método simples que significa uma promessa tanto para o diagnóstico quanto para o monitoramento da doença.

“Nosso estudo sugere que podemos usar meios não invasivos para testar, no futuro, doenças como a Covid-19 — um progresso que tenho certeza de que será bem recebido por todos”, aposta Melanie Bailey, coautora do estudo, em comunicado.

Foto: Mufid Majnun / Unsplash