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3 doses de Coronavac podem neutralizar todas as variantes, indica estudo

Anticorpos de voluntários imunizados com a terceira dose passaram por testes “in vitro” e em animais e agiram contra diversas cepas, incluindo a Ômicron

Por Revista Galileu

Um estudo realizado por pesquisadores chineses indica que os anticorpos produzidos a partir de três doses da Coronavac são suficientes para neutralizar todas as variantes conhecidas do novo coronavírus, incluindo a Ômicron. Os resultados da pesquisa foram publicados neste domingo (26) na plataforma de preprint bioRxiv.

Para testar a proteção conferida pelos anticorpos, os pesquisadores colheram amostras de 60 voluntários: metade deles vacinados com duas doses da Coronavac e a outra metade vacinada com três doses. As amostras de sangue foram coletadas um mês depois da aplicação da terceira dose em um dos grupos, e nenhum dos voluntários havia tido Covid-19 antes do estudo.

Segundo comunicado publicado pelo Instituto Butantan, os cientistas conseguiram isolar 323 anticorpos presentes no soro de quatro voluntários vacinados com a terceira dose. Os anticorpos eram derivados de células B, responsáveis pela memória do sistema imunológico. A partir daí, diferentes variantes do vírus foram expostas ao soro e os pesquisadores puderam observar que metade dos anticorpos foram suficientes para neutralizar todas elas, incluindo a Ômicron.

Além dos testes in vitro, os pesquisadores também utilizaram cobaias animais para verificar a eficácia dos anticorpos em organismos. Para isso, os anticorpos precisaram passar por um processo de clonagem e purificação. Depois, foram aplicados, isoladamente, em animais que haviam sido propositalmente infectados com a variante Beta do coronavírus cinco dias antes.

A dose de soro contendo um único anticorpo foi capaz de reduzir em 10 mil vezes a quantidade do vírus no pulmão do animal. Uma outra dose, contendo quatro anticorpos, conseguiu eliminar completamente o vírus.

O estudo foi produzido por pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências, da Academia Militar Chinesa de Ciências, do Instituto Nacional de Controle de Drogas e Alimentos e da própria fabricante da vacina, a Sinovac. Trata-se de uma pré-publicação, o que significa que o estudo ainda não foi revisado por pares.

Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini