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Tratamento com estrogênio diminui mortalidade por Covid-19, sugere estudo

Reposição do hormônio feminino pode promover proteção contra a gravidade da infecção pelo coronavírus, conforme análise de dados sobre 1,8 milhão de mulheres na Inglaterra

Por Revista Galileu

Fazer tratamento com o hormônio feminino estrogênio seis meses após o diagnóstico de Covid-19 pode reduzir a mortalidade da doença. É o que revela um estudo publicado na terça-feira (17) na revista Family Practice.

O benefício atrelado ao estrogênio é indício, segundo os cientistas, de que as mulheres são menos propensas às complicações da infecção pelo vírus. Os homens, por outro lado, tendem a ter quadros mais graves, com maiores taxas de hospitalização e mortalidade.

Estudos anteriores mostraram que elas têm respostas imunes maiores e mais rápidas a infecções virais. Uma revisão recente com dados de 38 países indicou inclusive que a taxa de morte entre os homens era 1,7 vezes maior do que a das mulheres.

Existem também sugestões de que as mulheres mais jovens ou com altos níveis de estrogênio são menos propensas ao agravamento da Covid-19. Dados semelhantes foram encontrados em pandemias anteriores, incluindo os surtos de outros coronavírus, como o relacionado à síndrome respiratória do Oriente Médio (Mers-CoV).

“As respostas imunes e os níveis de estrogênio diminuem com a idade, o que pode explicar por que estudos anteriores e nossos resultados mostram uma maior probabilidade de piores resultados em mulheres com o aumento da idade”, explicam os especialistas.

No novo estudo, os pesquisadores avaliaram um grupo de 1,8 milhão de mulheres com mais de 18 anos de 465 clínicas gerais na Inglaterra. Os dados, extraídos do Oxford-Royal College of General Practitioners Research and Surveillance Center, mostraram que houve 5,4 mil casos de Covid-19 entre as participantes, sendo que a terapia de reposição de estrogênio foi associada a uma redução de 22% na mortalidade pela doença.

Diante desses resultados, os pesquisadores acreditam que o hormônio feminino promova um efeito protetor contra a gravidade da infecção pelo coronavírus. “Esperamos que este estudo possa tranquilizar pacientes e médicos de que não há indicação para interromper a terapia de reposição hormonal por causa da pandemia”, afirma Christopher Wilcox, um dos autores do artigo, segundo comunicado.

Foto: NIAD