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Exames de imagem: a evolução dos diagnósticos médicos

Por Futuro da Saúde

A tecnologia faz com que a medicina diagnóstica utilize equipamentos cada vez mais modernos, com melhor precisão nos resultados e menos invasivos. Os exames de imagem se destacam nesta área. Eles evoluíram de tal forma nas últimas décadas que através deles é possível detectar possibilidades de doenças antes mesmo de elas aparecerem ou se desenvolverem. Isso aumenta consideravelmente as chances de cura ou tratamento bem sucedido.

Um exemplo é  a elastografia. A elastografia é um exame utilizado para avaliar o grau de fibrose hepática, ou seja, cicatrizes no fígado causadas por lesões. O objetivo principal é detectar, determinar o estágio e monitorar a fibrose nas doenças hepáticas crônicas. Entre essas doenças estão a hepatite viral crônica e a doença hepática gordurosa não alcoólica, entre outras. Este exame é essencial para o acompanhamento e tratamento adequado de pacientes com essas condições, fornecendo informações cruciais sobre a progressão da fibrose e a eficácia das intervenções terapêuticas.

Evolução nos exames de imagem

É impossível falar sobre a evolução dos exames de imagem sem falar em ressonância magnética. Ela consegue analisar e detectar nódulos na próstata e diferenciar se são malignos ou benignos. 

A ressonância magnética também auxilia na área ortopédica. Consegue analisar os ligamentos do joelho de um paciente, avaliando o estado de uma lesão antes de indicar a melhor terapia. Além disso, também pode ser feita em todo o corpo, avaliando o progresso de uma doença óssea.

Há também a tomografia 4D, que tem a capacidade de captar movimentos enquanto faz os cortes tomográficos de imagem, e a tomografia computadorizada, que abrange com propriedade diversos diagnósticos, incluindo os de doenças cardíacas. Esse exame de imagem consegue fazer uma avaliação do índice de calcificação das coronárias. Apesar de esse índice não determinar se há de fato obstrução nas artérias do coração, os médicos sabem que há uma forte relação entre a presença de cálcio nesses locais com eventos cardiovasculares adversos. Assim, de forma não invasiva, o exame determina se há risco de problemas no coração em pacientes que não têm qualquer sintoma. 

Outro importante exame é a tomossíntese mamária, na região da mama. Ela faz um mapeamento tridimensional na área suspeita. É capaz de reduzir a sobreposição dos tecidos da pele, conseguindo obter imagens muito mais perceptíveis e em projeções muito maiores. Assim, o paciente não precisa realizar novos exames nem repeti-los para detalhar alguma dúvida de imagem que não ficou esclarecida.

Outra especialidade que ainda está em evolução, mas que é importante de ser citada, é a medicina nuclear. Os equipamentos estão progredindo cada vez mais, e isso facilita diagnósticos de doenças mais complexas, que envolvem os neurônios e o coração. Dois exemplos disso são o Parkinson e o Alzheimer.

Benefícios da tecnologia nos diversos tipos de exames de imagem

As pessoas estão cada vez mais receptivas para a inserção da tecnologia na área médica, pois traz diversas vantagens. Uma delas é a agilidade. Resultados mais rápidos podem significar um tratamento mais imediato, uma reversão de quadro ou até mesmo uma vida salva. Equipamentos com tecnologia de ponta possuem capacidade de processar e enviar as imagens com muito mais rapidez.

Outra é a melhor visualização: hoje já é possível captar muitos detalhes em um exame. Por isso, uma imagem com mais nitidez e melhor resolução facilita a interpretação do resultado por parte do médico. Dessa forma, aumentam as chances de um correto diagnóstico. 

Uma terceira vantagem que a tecnologia trouxe foi a segurança: exames feitos da forma tradicional podem liberar toxinas radioativas. Assim, prejudicam a saúde muitas vezes a longo prazo e de forma imperceptível. Com a tecnologia, isso se reduz drasticamente. Há muito mais segurança e menos danos, beneficiando pacientes, profissionais e até o meio ambiente.

E há o benefício de agregar mais informações: um médico pode ter uma especialidade, o que o faz ter mais competência em determinado assunto. Da mesma forma, a tecnologia também pode se especializar. No momento em que ela armazena dados do paciente e de áreas médicas, ela os une e os compara. Pode então complementar um laudo médico, gerar estatísticas e informar dados sobre uma enfermidade.

O presente e o futuro dos exames de imagem se misturam. As tecnologias que já são utilizadas atualmente tendem a evoluir cada vez mais, trazendo benefícios para a medicina diagnóstica. Separamos oito tendências para a área. 

Softwares mais presentes na rotina

Os softwares são essenciais para a medicina diagnóstica. O processamento de exames de imagem tem evoluído bastante e existe uma tendência de que fiquem cada vez mais automatizados. Para gerar laudos mais eficazes, os softwares precisam ser integrados à Inteligência Artificial, que trabalha no conhecimento de padrões. Não é nada diferente da forma como os profissionais também trabalham na radiologia e medicina diagnóstica. Também seguem padrões para emitir respostas de exames. Ou seja, unindo os softwares de inteligência artificial com o conhecimento dos profissionais, os exames de imagem serão mais assertivos.

Centralização dos serviços e telemedicina

Centralizar os serviços acaba se tornando uma tendência já presente e futura, pois se ganha tempo quando nem sempre o paciente precisa da presença física dos profissionais. Por isso, a operação de equipamentos e emissão de laudos a distância (de qualquer lugar do Brasil) está cada vez mais difundida.

Capacitações mais frequentes

Antes de implementar a tecnologia, é necessário estudá-la. Isso precisa ser feito antes da capacitação da equipe, que já está de certa forma sendo feito. Os profissionais estão sendo qualificados com mais frequência e intensidade, estudando os novos programas nos mínimos detalhes e antes de serem implementados.

Expansão do Big Data e impressão 3D

O Big Data é uma tecnologia que está cada vez mais presente na cirurgia, pois envolve precisão e eficácia. Outro avanço que está se expandindo velozmente é a impressão 3D, que também garante eficiência nos exames de imagem. Um exame de imagem, como uma ressonância magnética, permite com que a própria imagem seja reconstruída em 3D e analisada antes de uma cirurgia, garantindo muito mais sucesso na mesma.

Pacientes mais atentos aos níveis de radiação

O paciente também se atualiza em relação às tecnologias na área da saúde, ficando mais informado a respeito dos exames e tratamento que irá fazer. Hoje em dia, um paciente bem informado tem a possibilidade de questionar o médico não somente sobre os equipamentos de proteção individual que serão utilizados no seu exame, como também o nível de radiação do mesmo.

Atendimento humanizado integrado à tecnologia

A empatia, que é algo presente e muito bem vindo no atendimento humanizado, está cada vez mais frequente em clínicas e centros de saúde. Com mais tecnologias trabalhando e otimizando a carga horária dos profissionais, sobra tempo e disposição maiores para atender os pacientes de forma mais atenciosa.

Unidades móveis de radiologia

Os equipamentos móveis são muito importantes nos centros de saúde. A locomoção dos mesmos deixa o processo mais prático, ao poupar o paciente de ter que se deslocar ou ir para outra sala fazer outro exame. A regulamentação das unidades móveis de radiologia no Brasil é algo que deve ocorrer em breve.

Sistemas automatizados

O futuro é o laudo automatizado, em que uma máquina faz o exame, e a outra o diagnóstico. É algo que deverá otimizar muito o tempo dos profissionais, além de fornecer resultados ainda mais velozes e assertivos sobre os exames de imagem.

Realidade virtual e metaverso

Outra tendência para diversos exames é a utilização de equipamentos como realidade virtual e metaverso. Por exemplo, para uma pessoa que tem claustrofobia, entrar em uma máquina e ter que ficar parado pode ser um desafio. Ao utilizar equipamentos de realidade virtual ou simular um ambiente no metaverso, essa situação pode ser bem mais tranquila ao tirar o foco daquele momento.

Foto: Reprodução

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