O médico ortopedista Pedro M.V.P., que atua em Campo Grande, teve o registro profissional cassado pelo CRM (Conselho Regional de Medicina) e pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Ele é acusado de emitir receitas médicas sem, ao menos, ter avaliado o paciente. Alem disso, ele é acusado indicar falsos profissionais para atuarem no tratamento e receber por isso. Esta decisão foi publicada no DOE (Diário Oficial Estadual).
Segundo a publicação, M. infringiu o artigo 39 do Código de Ética Médica cuja íntegra é: “É vedado ao médico atestar de maneira secreta e quando esta conduta não identifica o seu autor e acarreta a imputação de outros profissionais”
De acordo com o presidente do CRM, Alberto Cubel Brull, essa não foi a primeira vez que o ortopedista se envolve em processos disciplinares. “Em 2014, ele chegou a ser cassado, mas um juiz autorizou que ele retornasse ao trabalho”, lembra.
Sobre a cassação atual, Cúbel não quis dar detalhes, por se tratar de um procedimento sigiloso. “Não posso comentar o caso do V. O que posso falar é que em toda cassação o CFR faz uma análise do caso, confirmando, ou não, a decisão dada pelo CRM, ou seja, os processos são amplamente estudados. Tendo em vista tudo que já aconteceu, a cassação não impede que o acusado entre na justiça e um juiz volte a autorizá-lo a trabalhar”, explica.
Assim, Cúbel diz que um processo no CRM e no CFR, normalmente, chega a durar até três anos. “É dada a ampla defesa aos acusados. Eles tem tempo de sobra para se defenderem”, diz.
A reportagem entrou em contato com o ortopedista, P. V., por meio de ligações telefônicas ao consultório, mas as chamadas não foram atendidas.
Fonte: http://www.fatimanews.com.br/
Foto: Anders1990, via Wikimedia Commons