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MS: família diz que paciente com lesão grave quase morreu depois de ser liberado

Segundo família, médico não solicitou exames e disse que dores eram estresse traumático

A família de um paciente atendido no último domingo (15), na Upa Vila Almeida, após um sofrer um acidente de moto, acusa os médicos da unidade de negligência. Segundo os familiares, o técnico de segurança eletrônica, Osmar Célio Lopes Dolci, de 37 anos, sofreu uma perfuração no baço e uma lesão no fígado e foi liberado sem passar por uma avaliação mais detalhada que detectasse a gravidade dos ferimentos.

A irmã da vítima, Lucilene Dolci, de 38 anos, diz que o acidente ocorreu no domingo, por volta das 12 horas, em uma das principais avenidas de acesso ao Coophatrabalho. O técnico foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para a UPA Vila Almeida, onde recebeu o primeiro atendimento.

“O médico fez a limpeza das escoriações, passou remédio e disse que ele poderia voltar para casa. Meu irmão reclamou que estava sentindo muitas dores, mas o médico disse que era por causa do estresse traumático sofrido no acidente”, relata.

Conforme as informações, na madrugada dessa segunda-feira (16), ele acordou reclamando de dores e foi levado pela esposa para a Santa Casa, onde passou por exames e cirurgia. “Ele deu entrada com suspeita de fratura no baço. Os médicos pediram um Raio-X que mostrou a fratura e um inchaço no órgão. Em seguida ele foi para o centro cirúrgico. Os médicos disseram que a lesão no fígado estava grave, que ele deveria ter passado pelos exames antes. Meu irmão poderia ter morrido”, enfatiza.

De acordo com a Lucilene, o estado da vítima é considerado estável, no entanto, ela critica o atendimento prestado, anteriormente, na UPA Vila Almeida. “É muito descaso. Os médicos são qualificados, fizeram faculdade e estão lá porque são profissionais, então, esse tipo de situação como ocorreu com meu irmão. É falta de vontade, descaso”, ressalta.

A esposa da vítima, Rosa Maria Batista Santos, de 52 anos, se diz inconformada com a situação e promete levar o caso à diante. “Vou procurar o doutro Jamal [secretário de Saúde Pública] e contar o que aconteceu. Isso não pode ficar assim”, delcara.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), e foi informada de que o caso foi repassado para o chefe do setor de urgência e que a pasta usará como procedimento, analisar a ficha do paciente, identificar o médico que realizou o atendimento e verificar se houve negligência.

A assessoria de comunicação da Sesau justifica que não responde pela conduta médica e que em casos como este é necessário relatar o problema na ouvidoria do SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do telefone: (67) 3314-9955 e registrar denúncia no CRM (Conselho Regional de Medicina) para que o caso seja investigado.

Fonte: http://www.midiamax.com/
Foto: Iguanageek, via Flickr

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