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Com suspeita de dengue, homem morre sem conseguir atendimento no MS

Vítima foi duas vezes à UPA e mandada para casa.

Um homem de 27 anos morreu na madrugada deste sábado (2), logo após dar entrada no Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. A mulher da vítima registrou um boletim de ocorrência, por omissão de socorro. Consta no registro, que a vítima foi duas vezes à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e após ser medicado com dipirona, teve alta médica. Diante da piora, a mulher levou o marido mais uma vez à UPA, mas desta vez, segundo ela, o atendimento foi negado.

A esposa, uma jovem de 20 anos, relatou à polícia que na sexta-feira (1º), por volta das 10 horas, foi até a UPA com o marido. Ele apresentava febre, dores de cabeça e no corpo e vômito. Um médico teria medicado a vítima com dipirona e outro remédio, que a mulher disse não lembrar o nome, fez o pedido de exame de sangue, aguardou a febre abaixar e liberou a vítima, por volta das 13 horas. O médico ainda receitou dipirona, conforme receita médica apresentada pela mulher à polícia.

A vítima continuou passando mal e foi levada novamente à UPA, por volta das 14h30.Uma médica checou o exame de sangue e disse que estava normal. Ela pediu um exame mais completo, ministrou soro e liberou o homem por volta das 17h40. A médica manteve a receita médica que havia sido dada pelo colega e receitou mais soro.

Ainda conforme o relato da mulher, a febre da vítima parou, mas a dor no corpo se agravou e o marido começou a apresentar sintomas de diarreia e manchas pelo corpo. Por volta das 2 horas do sábado, a vítima começou a expelir sangue nas fezes e a mulher levou o marido mais uma vez à UPA, por volta das 2h40.

Segundo o relato à polícia, o homem, a mulher e um amigo foram barrados na porta da UPA. Mesmo com a vítima tendo dificuldade para respirar, um servidor teria informado à mulher que ninguém mais seria atendido no local naquela noite. Consta ainda que o servidor foi questionado pelo amigo da vítima se havia médicos na UPA, o trabalhador respondeu que sim, porém, reafirmou que ninguém mais seria atendido.

O casal e o amigo foram até o Hospital Auxiliadora, onde foram imediatamente atendidos. A vítima já estava muito debilitada e teve que ser levada para a sala de reanimação. Após 40 minutos de tentativas de reanimação, o homem acabou morrendo.

Posteriormente, a mulher foi informada por um médico que diante dos sintomas, a vítima deveria ter sido internada e, em hipótese alguma, ter sido ministrada dipirona, pela possibilidade de ser dengue.

O caso foi registrado como omissão de socorro qualificada resultando em morte na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário de Três Lagoas) e deve ser investigado pela polícia.

Fonte: http://www.midiamax.com/
Foto: http://www.treslagoas.ms.gov.br/