Depressão e suicídio são comuns entre médicos, principalmente entre médicos residentes e bolsistas. Segundo dados da American Foundation for Suicide Prevention, de 300 a 400 médicos cometem suicídio a cada ano, cerca de um médico por dia. Um trabalho publicado pelo periódico JAMA Psychiatry mostra que há necessidade de organizações nacionais abordarem a saúde mental dos médicos residentes e bolsistas, propondo estratégias para a educação integral, o rastreio e o tratamento de pessoas em risco.
O estudo, coordenado por Carol A. Bernstein, relata que a formação médica envolve inúmeros fatores de risco para a doença mental, tais como encarar a mudança de responsabilidade social, demanda excessiva de tempo de trabalho, diminuição do sono, sentimentos de isolamento, necessidade de ter um sentido extraordinário de responsabilidade para com a vida humana e a morte, suporte psicológico inadequado e incoerente vendo-se diante da falta de sistemas de apoio.
Um conjunto de provas demonstrou que os formandos, em particular, estão em alto risco para a depressão e pensamentos suicidas, mas muitos programas de treinamento não têm sido capazes de identificar e fornecer tratamento para estes residentes e bolsistas de uma forma sistemática. O artigo sugere que as organizações americanas, tais como o conselho Accreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME), abordem a saúde mental dos residentes e bolsistas, propondo estratégias de educação integral, rastreio e tratamento dos indivíduos em risco.
Fonte: http://www.news.med.br/
Foto: Lloyd Morgan, via Flickr