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Médico confunde hérnia com gravidez, mulher perde bebê e entra em coma

Solange Baesso, 44 anos, descobriu que estava grávida com sete meses. Mulher tinha gravidez de risco, pois já tinha feito cirurgia bariátrica.

Uma mulher de Peruíbe, no litoral de São Paulo, está em coma desde o dia 29 de abril deste ano, após perder o bebê em uma gravidez de risco. Solange Baesso, de 44 anos, que já havia feito uma cirurgia para redução de estômago há dois anos, procurou um posto de saúde da cidade com dores abdominais. No local ela recebeu um diagnóstico de que estaria com hérnia, mas, na verdade, Solange estava grávida.

A gestação só foi descoberta no sétimo mês após um exame de ultrassom. “Ela teria que fazer um procedimento para tirar a hérnia, mas o ultrassom constatou que ela estava grávida de 32 semanas e quatro dias”, explica a irmã de Solange, Rosângela Aparecida Baesso, que tem acompanhado o caso.

Solange, que seria mãe pela primeira vez, procurou novamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade no dia 27 de abril pensando que estava em trabalho de parto. O médio que a atendeu recomendou que ela voltasse para casa. Como o Hospital de Peruíbe está fechado, as grávidas da cidade que estão em trabalho de parto são encaminhadas para o Hospital Regional de Itanhaém, cidade que fica a menos de 20 km do município.

Dois dias depois, já no dia 29 de abril, Solange voltou a procurar uma unidade de saúde com dores e contrações. Já no Hospital Regional de Itanhaém foi realizado um novo ultrassom e constatado que o feto estava morto. Após a retirada do bebê, ela pegou uma grave infecção e permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em coma. O estado de saúde dela é estável.

Lesão corporal
Após a morte do bebê, a irmã de Solange registrou um boletim de ocorrência de lesão corporal culposa no mesmo dia. Ela relatou que o médico do pré-natal orientou Solange a fazer um parto cesárea visto que a irmã já tinha feito uma cirurgia bariátrica, tinha uma gravidez de risco e não suportaria um parto normal. Porém, o pedido foi recusado pelo médico de plantão da maternidade do Hospital Regional de Itanhaém. O estado de saúde dela é estável.

Atendimento
O diretor técnico do Hospital Regional de Itanhaém, João Henrique Tergolino, disse que o primeiro atendimento de Solange foi feito dia 27 de abril e que não era o momento de fazer o parto. A paciente retornou no dia 29 de abril e o feto já estava morto. Tergolino diz ainda que, como ela é hipertensa e diabética, e usava insulina de maneira errada, segundo o diretor técnico, o bebê deve ter morrido por hipoglicemia.

Já o secretário de saúde de Peruíbe, Marco Boteon Neto, destaca que ainda é preciso avaliar o caso. “Não sei como ela estava quando chegou na UPA. Alguma coisa aconteceu, mas fica difícil dizer. Todos os casos de óbito fetal ou óbito materno são avaliados, tanto pelo município, quanto pelo estado”, comenta.

Fonte: http://g1.globo.com/
Foto: Loreta Conte, via Flickr

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