Feira de Santana (BA) – Segundo a mulher, não havia médicos de plantão para atender pacientes na emergência.
A filha de um paciente que buscou atendimento no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), na madrugada deste domingo (24), reclamou com indignação do tratamento dado à população na unidade hospitalar.
A mulher, que se identificou apenas como Nice, contou que chegou ao HGCA por volta das 5h da manhã, juntamente com o pai, Luiz Bispo Cerqueira, de 65 anos, que passava mal e vomitava sangue. Segundo ela, uma enfermeira afirmou que não havia médico de plantão na emergência para atender o paciente, e que ela teria que esperar um profissional chegar para analisar a situação e prescrever os medicamentos. Ainda de acordo com a filha, um funcionário da portaria fez uma ligação e comprovou que não havia médicos no hospital naquele horário.
“8h30 da manhã chegou uma médica, que nem examinou meu pai, mandou a enfermeira perguntar o que ele estava sentindo, se tinha alergia a algum remédio, e voltou com a ficha. De repente veio a enfermeira com os remédios pra aplicar nele”, relatou Nice.
Ela afirma que perguntou pela médica, e a enfermeira respondeu que a profissional já tinha passado. “Sem examinar o paciente?”, questionou a filha. E continuou: “Se for um caso para piorar, ele morre ali mesmo. A gente procurou ela (sic), que disse que já passou os exames, e que depois disso é que iria examinar o paciente. Quer dizer, primeiro passa um remédio sem nem olhar para a cara do paciente e tirar a pressão? Aí fica difícil, porque a gente não vai confiar nem no médico mais”, disparou.
Para Nice, o tratamento recebido pela profissional significou falta de respeito. “A gente não é bicho para tomar qualquer remédio e esperar lá no canto ficar bom. A gente é ser humano e paga por tudo isso que a gente cobra”, declarou, acrescentando que suspeita que o pai esteja com um quadro de gastrite ou úlcera avançada.
Fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/
Foto: Fotos GOVBA, via Flickr
