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Veneno de aranha pode ter efeito protetor contra derrame

A aranha estudada é a mais mortífera da Austrália: sua picada é capaz de matar o ser humando em 15 minutos

 

Por Veja Online

 

O veneno da aranha-funil, a mais mortífera na Austrália poderá ser o passo inicial para a criação do primeiro tratamento no mundo capaz de evitar que células cerebrais sejam danificadas após um acidente vascular cerebral. É o que revela um estudo inédito da universidade de Queensland, na Austrália.

Utilizando pipetas, os cientistas sugaram o veneno de três aranhas da espécie, cujo veneno é capaz de matar o ser humano em até 15 minutos, e identificaram uma proteína chamada Hi1a. Entenderam que a substância se assemelhava a outros compostos químicos capaz de protegerem células cerebrais. A substância foi recriada em laboratório e injetada em ratos.

Por que olhar para o veneno de aranha em primeiro lugar? Glenn King, cientista que liderou a pesquisa, explica: “Muitos dos distúrbios do sistema nervoso humano envolvem canais iônicos disfuncionais (por exemplo, epilepsia) ou canais iônicos sobre-ativos (dor crônica e acidente vascular cerebral). Assim, estamos tipicamente procurando moléculas que modulam a atividade destes canais. O veneno de pequenos invertebrados venenosos, como aranhas, centopeias e escorpiões, evoluiu para direcionar o sistema nervoso de insetos e, consequentemente, estão absolutamente cheios de moduladores de canais iônicos”, explicou.

 

Foto: Mark Baker/Reuters

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