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Zika afeta 5% de bebês de grávidas infectadas, diz centro dos EUA

Centros de Controle e Prevenção de Doenças anunciaram primeiro relatório sobre como o vírus afetou territórios americanos

 

Por Reuters

 

O primeiro relatório sobre como o vírus da zika afetou territórios dos Estados Unidos mostrou que 5% das mulheres com infecções confirmadas tiveram filhos com malformações, informam autoridades de saúde dos EUA nesta quinta-feira (8). O documento dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) é o primeiro a incluir números oficiais de Porto Rico, que declarou nesta segunda-feira (5) o fim da epidemia de zika, com base em dados que mostram a queda no número de novos casos.

Os CDC reiteraram nesta quinta a recomendação para que mulheres grávidas não viagem a Porto Rico, lembrando que a zika continua representando um risco para grávidas de lá e em qualquer outro lugar onde o vírus esteja ativo. “O vírus da zika representa uma ameaça séria para mulheres grávidas e para seus bebês, independentemente de quando a infecção acontece durante a gravidez”, disse a diretora interina do centro, Anne Schuchat.

“Mulheres nos territórios dos Estados Unidos e em outros lugares que tiveram exposição contínua aos mosquitos carregando o vírus da zika estão em risco de infeccção. Nós precisamos continuar vigilantes e comprometidas em prevenir novas infecções pela zika”, afirmou. Além de Porto Rico, o relatório incluiu dados sobre 1.508 mulheres grávidas infectadas pelo vírus da zika na Samoa Americana, nos Estados Federados da Micronésia, na República das Ilhas Marshall e nas Ilhas Virgens Americanas, do dia 1º de janeiro de 2016 até o dia 25 de abril deste ano.

Dessas mulheres, mais de 120, ou aproximadamente 5%, tiveram filhos com malformações relacionadas à zika, informou o centro em seu relato semanal sobre mortalidade e morbidez. Entre as mulheres que foram infectadas durante o primeiro trimestre da gravidez, 8% tiveram filhos com problemas associados à zika. Comparado com 15% em um estudo anterior sobre deficiências ao nascimento entre mulheres de Estados dos EUA e de Washington, que foram infectadas, na maior parte dos casos, durante viagens para países afetados pela zika.

Aproximadamente 5% das mulheres infectadas durante o segundo trimestre e cerca de 4% das infectadas no terceiro trimestre tiveram filhos com deficiências relacionadas à zika, mostrando que o vírus continua perigoso ao longo da gravidez.

 

Foto: Alvin Baez /Files/Reuters

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