Levantamento recém-divulgado mostra que a maioria do público feminino tem o costume de se consultar com esse profissional
Por André Biernath, do Saúde é Vital
Na definição fria da palavra, o ginecologista é o médico que investiga a fisiologia e as doenças que podem acometer a vagina, o útero, os ovários e as mamas. Mas, na prática, sua função vai muito além. De acordo com resultados de um estudo lançado hoje, durante o Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, 75% das mulheres veem esse profissional como uma figura de segurança para acompanhar sua saúde.
A enquete foi realizada durante o primeiro semestre de 2017 e teve a participação de 517 respondentes. Além de tirar dúvidas sobre o aparelho reprodutor em si, 88% das entrevistadas declararam que pedem orientação sobre enfermidades que acometem outras partes do corpo e 66% disseram se sentir muito à vontade para falar e perguntar sobre assuntos diversos.
Apesar de 82% irem a consultas pelo menos uma vez ao ano, chama atenção o fato de 18% não terem visitado um ginecologista nos últimos 12 meses. Procurar esse especialista é fundamental para acompanhar como está sua saúde e realizar exames de rotina, como a mamografia e o papanicolau. Fazer esses testes de tempos em tempos ajuda a flagrar tumores nas mamas e no colo de útero em estágios iniciais, o que está relacionado a maiores chances de cura.
Quando questionadas se preferiram ser atendidas por um profissional do sexo feminino ou masculino, 47% se sentiam mais confortáveis com uma médica, enquanto 14% optaram pelos médicos — as 39% restantes são indiferentes. O importante mesmo é as meninas irem ao ginecologista antes mesmo da primeira menstruação.
Enquanto isso, na turma do Bolinha…
Infelizmente, os homens ainda não têm um médico para chamar de seu. A falta de políticas públicas que incentivem o cuidado com a saúde masculina e o machismo impedem as consultas regulares com o doutor. Nem um urologista, nem um clínico-geral foram “adotados” pelos marmanjos, que insistem em correr ao hospital só quando estão doentes. Não à toa, eles morrem em média sete anos antes do que as mulheres.
Foto: Divulgação/SAÚDE é Vital