Em Belém não há registros de casos confirmados da doença há mais de dez anos
Por G1 PA
iante dos casos de febre amarela na região do sudeste do Brasil, a Secretaria Municipal de Saúde de Belém reforça junto à população a importância da vacinação contra a doença para quem ainda não foi vacinado. A imunização é a principal forma de prevenção e está disponível o ano todo em todas as unidades de saúde do município. Em Belém não há registros de casos confirmados da doença há mais de dez anos.
“A febre amarela é uma doença transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, com grande importância para a saúde pública, visto que é grave, possui elevado potencial de disseminação em áreas urbanas e taxa de letalidade maior que 50%. Ainda assim, a população deve evitar o pânico em relação a doença, uma vez que não existem casos de febre urbana no país, e a vacina está disponível na rede”, destaca a coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesma.
A secretaria alerta que o ideal é que todas as pessoas, principalmente aquelas que moram ou vão viajar para áreas com indícios de febre amarela, tomem a vacina. Para quem vai viajar, a dose deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco para que a imunização seja efetiva.
A coordenação do programa de imunização ressalta que a vacina hoje é administrada em dose única e está voltada para crianças a partir de nove meses de idade e adultos até 59 anos não vacinados. Para alguns grupos, é necessário recomendação médica como, gestantes, idoso a partir de 60 anos, mulheres que estão amamentando, pessoas que vivem com HIV, pessoas que terminaram o tratamento de quimioterapia e radioterapia e pessoas com doenças do sangue, como anemia falciforme.
Casos
Em Belém, no período de 2008 a 2017, foram notificados 50 casos suspeitos que, posteriormente, foram descartados. Todos os casos suspeitos de Febre amarela devem ser notificados e investigados imediatamente, até 24 horas, segundo a Portaria Nº 204, de 17 de Fevereiro de 2016, do Ministério da Saúde. A recomendação é que a notificação deve ser feita à Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesma pelos telefones 98417-3985 e 3344-2475 ou email [email protected] para uma investigação oportuna.
Contraindicação para a vacina
– Crianças com menos de 6 meses de idade;
– Indivíduos com histórico de reação anafilática a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina);
– Pacientes com histórico de doenças do timo (miastenia grave, timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde;
– Pacientes com imunossupressão (redução da atividade do sistema imunológico) de qualquer natureza, como pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave; pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores); pacientes submetidos a transplante de órgãos; pacientes com imunodeficiência primária; e pacientes com neoplasias.
Foto: Tássia Barros/Comus