Por causa da alta no número de casos, Ministério criou calendário para vacinar todo o país
Por G1 AL
A partir de fevereiro de 2019 toda a população de Alagoas deverá tomar a vacina da Febre Amarela. A recomendação é do Ministério da Saúde que está preocupado com o segundo ano de alta no número de casos da doença em todo o país e com a maior proximidade do vírus nas zonas urbanas.
O estado de Alagoas ainda não é considerado uma zona de risco da doença, mas a medida é uma precaução que deverá ser estendida para todos os estados brasileiros, de acordo com um calendário que foi definido pelo Ministério da Saúde.
Até agora, a Secretaria de Saúde de Alagoas registrou 6 casos suspeitos, mas nenhum deles foi confirmado oficialmente, inclusive dois já foram descartados após exames em laboratório.
Apesar disso, por enquanto, apenas quem mora na cidade de Delmiro Gouveia, no alto sertão do estado, deve tomar a vacina. O município não registrou nenhum caso, mas a preocupação da Sesau se deve ao fato da proximidade com Paulo Afonso (BA), onde foi encontrado um macaco infectado pelo vírus.
Segundo o calendário estabelecido, a vacinação só será liberada em Alagoas a partir de fevereiro de 2019. Então por enquanto, com exceção de Delmiro Gouveia, nos outros municípios alagoanos a população ainda não está liberada para tomar a vacina a não ser que comprove que vai viajar para uma das áreas consideradas de risco.
Mais doses
O programa de vacinação chegará agora a alguns estados do Nordeste e parte do Sul e Sudeste que não faziam parte das áreas de recomendação. A ampliação irá ocorrer de forma gradual até abril de 2019, de acordo com cronograma previsto pelo governo. São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia manterão a campanha com base nas doses fracionadas.
Para atender à demanda, o ministério fechou uma parceria entre o Instituto Bio Manguinhos/Fiocruz e o Laboratório Libbs Farmacêutica, em São Paulo. A expectativa é que o laboratório passe a fornecer novos lotes das vacinas a partir do segundo semestre deste ano. De qualquer forma, o ministério informa que serão produzidas 49 milhões de doses da vacinas até o fim de 2018. A capacidade de produção do Bio-Manguinhos não será ampliada.
Foto: Reprodução / EPTV