Vice-presidente da Calico, empresa criada pelo Google para estudar o envelhecimento, ela explica que a chave pode estar no nosso sistema hormonal
Por BBC
ynthia Kenyon é especialista em um setor que gera cada vez mais interesse de investidores e empresas de tecnologia.
A bióloga é vice-presidente da Calico, uma empresa fundada há cinco anos pelo Google e que tem a seu dispor bilhões de dólares para investir na busca de uma resposta para um dos maiores mistérios da humanidade: o envelhecimento. Confira o vídeo.
Pioneira no estudo sobre a biologia molecular envolvida nesse processo, ela descobriu em 1993 que a duplicação de um gene específico poderia duplicar o tempo de vida saudável. Com isso, mostrou que o grau de envelhecimento é, sim, suscetível a controle genético, diferentemente do que se pensava.
A repórter Gabriela Torres, da BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, conseguiu falar com ela e acessar o laboratório da empresa, que mantém um perfil discreto e prefere não divulgar muitos detalhes sobre suas atividades.
Questão hormonal
“Cavalos pequenos tendem a viver mais que cavalos grandes”, explica a cientista.
Segundo Kenyon, não é tão simples dizer se estamos perto ou não de adiar o envelhecimento.
“Se as pessoas são como animais, no sentido de que sua maquinaria molecular ainda é suscetível a intervenções, pode estar bem perto. Pode estar bem, bem perto”, afirma. “Mas se somos diferentes, ou já atingimos o auge, pode demorar.”
Cedo ou tarde, chegaremos lá, diz a cientista. “Realmente acredito que somos capazes disso.”
Foto: BBC