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Teste em macacos revela que zika pode causar mais abortos do que cientistas pensavam

Teste foi feito em macacos que apresentavam poucos sintomas da doenças após a infecção

 

Por G1

O vírus da Zika pode causar mais abortos em mulheres infectadas do que os cientistas pensavam anteriormente. É o que diz um estudo colaborativo publicado na “Nature Medicine” nesta segunda-feira, 2.

O estudo feito com macacos constatou que 26% dos macacos infectados com Zika durante os primeiros estágios da gravidez sofreram aborto espontâneo ou natimorto, embora os animais apresentassem poucos sinais de infecção.

“Esta é a primeira vez que conseguimos demonstrar categoricamente que o aborto espontâneo e o natimorto relacionados ao zika ocorrem em primatas não-humanos que não apresentam sintomas”, disse Daniel Streblow, um dos cinco principais autores do estudo.

A pesquisa sobre o zika já havia medido abortos espontâneos e natimortos em mulheres que apresentavam sintomas. Um estudo recente de mulheres infectadas descobriu que 5,8% sofreram aborto espontâneo e 1,6% tiveram óbito fetal durante o primeiro trimestre. O aborto envolve a perda de uma gravidez antes que o feto tenha crescido dentro de um útero por 20 semanas, enquanto a natimortalidade ocorre após esse ponto.

O vírus da Zika é amplamente conhecido por causar o nascimento de crianças com uma anomalia cerebral chamada microencefalia e outras malformações. O maior número de casos de zika nos EUA foi relatado na Flórida, Texas e Nova York, mas a maioria dos outros estados – incluindo o Oregon – também experimentaram casos. Os sintomas em humanos incluem febre, erupção cutânea, dor de cabeça, dores articulares e musculares, bem como olhos vermelhos.

O Brasil viveu um surto de casos de zika entre 2015 e 2016. Desde o início do registro das más-formações associadas ao vírus da zika no Brasil (novembro de 2015), o país teve 351 mortes provocadas por infecção pelo vírus, segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (que contabilizou dados até 14 de abril de 2018).

A Universidade de Saúde e Ciência de Oregon fez uma parceria com outros cinco centros americanos de pesquisa de primatas para examinar a questão em um total de 50 primatas não- humanos. Os cientistas estudaram especificamente os macacos mulatta para este trabalho.

Foto: Pixabay/Divulgação

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