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A 1 dia do fim, campanha de vacinação contra gripe tem baixa procura, mas Prefeitura espera queda de casos

Campanha se encerra nesta sexta-feira (20) em Campinas. Cidade tem 53 casos confirmados da doença. Vacinas que sobrarem continuam nas unidades para público-alvo

Por Patrícia Teixeira, G1 Campinas e Região

A campanha de vacinação da gripe em Campinas (SP) termina com o cenário de falta de procura pela vacina, a tendência de queda dos casos suspeitos e a certeza de não receber mais doses do governo estadual, segundo a Prefeitura. Nesta sexta-feira (20) será o último dia em que todos os 64 centros de saúde disponibilizarão as doses.

O fim da campanha nacional está vinculado ao término dos estoques das vacinas, conforme programado pelo Ministério da Saúde, informou a administração municipal. É o Ministério o responsável pelo forncecimento das doses aos estados, que repassam aos municípios.

Rodrigo Angerami, médico infectologista do Departamento em Vigilância em Saúde da Prefeitura, ressaltou que as doses remanescentes não serão descartadas, mas a oferta não será mais obrigatória, como em época de campanha. No entanto, a regra para quem poderá tomar essas doses não muda. [Veja os grupos que devem tomar a vacina, abaixo]

“Embora a gente tenha mais alguns meses considerados de inverno, a gente começa a observar uma tendência de queda de casos suspeitos. A gente espera que haja um declínio progressivo”, afirma.

Segundo o médico, a tendência da circulação de ocorrência de casos é feita pelo monitoramento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave que são notificados e os resultados que são disponibilizados pelo Instituto Adolfo Lutz.

Nesta quinta (19), a Secretaria de Saúde informou que foram registrados, este ano, 53 casos da Sídrome Respiratória Aguda Grave confirmados por gripe. São 25 ocorrências por A H1N1, 17 por A H3N2 e 10 do tipo A sem identificação do subtipo. Também houve um caso de influenza B na cidade.

Foram seis mortes por gripe, sendo as vítimas pacientes com comorbidades e não vacinadas, ou não vacinadas a tempo. Mesmo com a queda observada no número de ocorrências, o médico reitera que há risco de novos casos se a temperatura baixar mais.

Sazonalidade
Outro fator é a questão da sazonalidade, uma vez que a vacina da gripe tem um objetivo de prevenção durante a maior circulação da doença, no inverno.

“As vacinas de rotina devem ser disponibilizadas ao longo do ano todo. Essa contra a gripe é utilizada para grupos específicos durante uma época específica. É uma vacina de campanha, que significa ter estratégias que te permitam vacinar num menor espaço de tempo um maior público do grupo alvo”, explica o médico infectologista.

Balanço vacinal
A campanha, que começou em 23 de abril e imunizou – até levantamento mais recente feito em 11 de julho – mais de 284 mil pessoas, sendo 215,8 mil do grupo prioritário. No de comorbidades 68,1 mil receberam as doses, mas esse grupo não entra no cálculo da cobertura vacinal.

Apesar da divulgação maciça, ao todo, a ação atingiu 83,67% da população esperada e não 90%, meta oficial. Gestantes e crianças são os dois grupos que tiveram baixa adesão à vacina, 62,76% e 67,41%, respectivamente.

Quem deve tomar a vacina
Devem se vacinar pessoas acima de 60 anos, crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de idade, gestantes, puérperas, profissionais de saúde, professores e doentes crônicos, que integram os grupos de risco.

Os outros dois grupos determinados posteriormente pela campanha, crianças de 5 a 9 anos e adultos de 50 a 59 anos, também podem ser imunizados.

Para tomar a dose, basta apresentar a carteira de vacinação ou o documento de identidade. Pessoas com doenças agudas graves e febre (moderada ou alta) não devem receber a vacina.

Mesmo com o término da campanha, as práticas de higienização das mãos, manter ambientes arejados e evitar contato com pessoas que possuam sintomas de doenças respiratórios devem ser mantidas, ressalta Angerami.

Foto: Reprodução/TV Globo