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OMS adverte que pode não haver opção de vacina para novo surto de Ebola

Novos casos da doença foram registrados na Rep. Democrática do Congo uma semana após anúncio de controle

 
Por Reuters
 
Pode não haver uma vacina para combater o novo surto de Ebola na República Democrática do Congo, que causou quatro casos confirmados, incluindo dois agentes de saúde, disse uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (2).

As autoridades não confirmaram a estirpe específica do vírus causador do surto, que pode ter matado 20 pessoas, mas o chefe da resposta de emergência da OMS, Peter Salama, disse que pode ser do Zaire, Sudão ou Bundibugyo.

Se for a cepa do Zaire, a vacina da Merck usada no último surto de Ebola pode ser uma opção, caso contrário a situação será muito mais complexa. “Podemos não ter nenhuma opção de vacina”, disse ele à Reuters na sede da OMS, em Genebra.

“A maioria dos casos ocorreu na segunda quinzena de julho. Quando as equipes médicas das províncias olharam para trás, eles notaram casos que poderiam ser consistentes com o Ebola que começaram em maio, mas é muito cedo para dizer, Salama disse.

Especialistas internacionais montaram um laboratório nesta quinta-feira na cidade de Beni, a 30 quilômetros de onde o surto foi declarado, informaram autoridades da OMS e do país.

Funcionários das Nações Unidas, do Banco Mundial e do Ministério da Saúde do Congo, incluindo o ministro da Saúde, Oly Ilunga, apoiarão uma equipe que já está no local.

O Congo declarou o surto na quarta-feira (1º), uma semana após ter declarado o fim do surto que matou 33 pessoas, após 42 dias sem novos casos. Este é o 10º surto de Ebola no país centro-africano desde 1976, quando o vírus foi descoberto perto do rio homônimo no norte.

As 20 novas mortes aconteceram na região de Mangina, uma cidade densamente povoada na província de Kivu Norte, a cerca de 30 km a sudoeste da cidade de Beni e a 100 km da fronteira com o Uganda.

O ministério não divulgou quando as mortes ocorreram. Outros seis têm sinais de febre, dos quais quatro testaram positivo para o vírus.

“A delegação do Governo está realizando sua primeira reunião para organizar a resposta”, tuitou o governador do Kivu Norte, Julien Paluku. “Uma equipe de Kinshasa já está instalando um laboratório e um centro de coordenação.”

Mas o leste do Congo é uma caixa de pólvora de conflitos sobre a terra e etnia alimentada por décadas de guerra que vão e voltam e isso poderia dificultar os esforços para conter o vírus.

Cerca de 1.000 civis foram mortos por grupos armados e soldados do governo em torno de Beni desde 2014, e a região mais ampla do Kivu do Norte possui mais de 1 milhão de pessoas deslocadas.

“A resposta já está em vigor”, disse David Gressly, Representante Especial Adjunto das Nações Unidas no Congo, a jornalistas em Beni. “Nós (a missão da ONU) ofereceremos apoio logístico e, se necessário, suporte de segurança. Estamos todos aqui para ver como podemos organizar isso o mais rápido possível”.

Foto: REUTERS/Kenny Katombe/File Photo

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