O acompanhamento de pacientes oncológicos com um profissional durante os exercícios traz vantagens que vão além de uma maior segurança
Por Saúde é Vital
Mexer o corpo é bem-vindo tanto para a prevenção quanto para o tratamento do câncer. É isso que reforça a fisiatra Christina May Moran de Brito, coordenadora do Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. “Mas o ideal é que os exercícios sejam feitos com orientação do médico e de profissionais da educação física”, avisa.
E não só por uma questão de segurança. Uma revisão de 66 estudos conduzida por cientistas de instituições holandesas, canadenses e australianas concluiu que a supervisão gera melhores resultados físicos e também aumento na qualidade de vida.
Fatores como prescrição mais exigente de atividades, acesso a feedback sobre o desempenho e atenção do professor são citados como possíveis motivos para os achados.
Segundo Christina, outro ponto é que o especialista pode dar apoio à medida que as necessidades surgirem no caminho. Nessa fase, amparo nunca é demais.
Como deve ser a supervisão do exercício contra o câncer
Na etapa do tratamento: o oncologista avalia continuamente a capacidade física e se há dor ou alterações na composição do corpo, no equilíbrio e no coração. A partir daí, ele e o profissional de educação física definem a intensidade e os tipos mais adequados de exercícios.
Após a remissão ou cura: “o ideal é que o paciente tenha aprendido seus limites na fase ativa do tratamento”, informa Christina. Aqui, a supervisão bem próxima ainda é necessária, mas pode ir diminuindo conforme a complexidade da doença se mostre menor.
Ilustração: Bia Melo/SAÚDE é Vital