Revisão aponta que usar aparelhos do tipo aumenta o nível de atividade física e a mobilidade na terceira idade, período em que o sedentarismo é comum
Por Saúde é Vital
Com o avançar dos anos, as pessoas tendem a se mexer menos. Uma pena, já que o exercício físico ajuda a conter a perda de massa muscular e a prevenir doenças crônicas, mais comuns nessa fase de vida. Como então motivar os idosos a abandonarem o sedentarismo? Uma revisão sistemática de estudos, feita na Universidade de Sydney, na Austrália, aponta os contadores de passos como uma opção.
Essa tecnologia virou febre nos últimos anos graças à popularização de pulseiras, relógios e aplicativos de celular. Até por isso, virou alvo da ciência. Nesse levantamento, que também contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), 23 experimentos que avaliaram a eficácia dos contadores de passos e de outras táticas motivacionais foram comparados. No total, 2 700 indivíduos acima dos 60 anos foram incluídos.
A partir daí, notou-se que esses dispositivos aumentam o nível de atividade física dos idosos. Seu uso foi associado a 1 558 passos extras por dia, em média.
A mobilidade — isto é, a velocidade da caminhada, a habilidade de se levantar e outros testes funcionais — também foi aprimorada mais significativamente quando o contador de passos entrou na história.
O benefício dos contadores
Dispositivos do tipo, que estão cada vez mais acessíveis, podem aumentar o engajamento na atividade física, porque facilitam o estabelecimento e acompanhamento metas. Os autores daquela revisão citam ainda que eles amplificam o senso de autonomia e a motivação para se mexer.
Isso é ótimo se você considerar que, na terceira idade, dar algumas passadas já traz muitos benefícios à saúde. Uma pesquisa recente, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, indica que atingir 4 400 passos ao dia já reduz significativamente o risco de morte em idosos. Isso dá, em média, pouco mais de dois quilômetros de caminhada.
Foto: Anna Efetova/Getty Images