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Estudo mostra que câncer de mama é mais comum entre mulheres de região Leste de Campinas

Pesquisa avalia que condições socioeconômicas influenciam na maior exposição a fatores de risco; doença atinge uma a cada 860 pacientes da região Leste, enquanto índice na área do Campo Grande é de um diagnóstico a cada 1.605 mulheres

 

Por G1

 

Terceira causa de morte entre as mulheres de Campinas (SP), o câncer de mama é 86,6% mais comum entre as pacientes que moram na região Leste, que apresenta melhores condições socioeconômicas, do que o contabilizado na Noroeste, uma das áreas mais pobres do município. Os dados são do Boletim do Registro de Câncer de Base Populacional de Campinas, divulgado nesta quinta-feira (24).

Segundo o levantamento, que analisou entre os anos de 2010 a 2014, Campinas registrou um caso da doença a cada 860 mulheres que vivem na zona Leste, que compreende a região de Sousas e Joaquim Egídio, enquanto o índice é de um diagnóstico a cada 1.605 pacientes na região Noroeste, onde fica o distrito do Campo Grande.

Coordenadora do relatório, Juliana Natívio destaca que na região Leste está a população com melhores condições socioeconômicas e mais envelhecida, que apresentam maior tempo de exposição aos fatores de risco, e que isso “pode justificar a estatística”.

O estudo mostra que o câncer de mama é a neoplasia com mais incidência no município, sendo responsável por 29,6% dos casos. No período avaliado pelo relatório, cerca de 500 novos casos foram diagnosticados por ano.

Causas e prevenção

De acordo com a Saúde, o câncer de mama tem diversas causas, podendo ser ambientais ou hereditárias. O fator de risco mais importante é a idade, sendo raro antes dos 35 anos. A incidência tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, atingindo o maior patamar entre os 55 e 69 anos. A idade média de diagnóstico está ao redor de 60 anos”, aponta o estudo.

Segundo o relatório, a obesidade é um dos fatores de risco que mais contribui para o câncer de mama, principalmente na pós-menopausa. “Outros fatores significativos são o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, ter as mamas densas, ter o primeiro filho tardiamente ou não ter filhos e ter utilizado terapia de reposição hormonal na pós- menopausa”, indica o documento.

Segundo Juliana, a intenção com o relatório é reforçar a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. “As mulheres devem buscar o rastreamento, principalmente as que têm entre 50 e 69 anos, com realização sistemática a cada 2 anos”, destaca.

A doença

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama, que se multiplicam formando um tumor.

“Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica próprias de cada tumor.”

O tratamento é oferecido na rede pública de saúde.

 

Foto: Johnny Inselsperger/EPTV