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Coronavírus: escolas têm baixa taxa de contágio da Covid-19, diz estudo

Análise realizada na Alemanha coletou amostras de 2.000 pessoas, entre estudantes e professores

Por Veja

Um estudo alemão divulgado na segunda-feira, 13, apontou que as escolas podem não desempenhar um papel tão importante na disseminação do novo coronavírus. A análise ocorreu no estado alemão da Saxônia e levou em conta 2.000 pessoas: crianças em idade escolar e seus professores. Nas amostras coletadas, poucos tinham anticorpos resultantes da Covid-19.

A Alemanha começou a reabrir escolas em maio, embora ainda exista um debate sobre o papel que as crianças podem ter na disseminação do vírus para adultos vulneráveis ​​em casa, assim como para professores mais velhos e funcionários da escola.

Por meio do Hospital Universitário de Dresden foram analisadas amostras de sangue de quase 1.500 crianças com idades entre 14 e 18 anos. Além deles, 500 professores de treze escolas de Dresden e dos distritos de Bautzen e Goerlitz em maio e junho.

Das quase 2.000 amostras, apenas doze tinham anticorpos, disse Reinhard Berner, um dos pesquisadores do centro de saúde. Ele acrescentou que esses achados vão no sentido contrário do entendimento que crianças em idade escolar desempenhem um papel importante na disseminação do vírus.

“As crianças podem até agir como um freio à infecção”, sugeriu Berner em entrevista coletiva, dizendo que as infecções nas escolas não levaram a um surto, enquanto a disseminação do vírus nas famílias também era menos dinâmica do que se pensava anteriormente.

O ministro da Educação da Saxônia, Christian Piwarz, disse que o estudo mostrou que as escolas do estado podem reabrir normalmente após as férias de verão do final de agosto com algumas condições, como usar máscara e distanciamento social sempre que possível.

Berner disse que o estudo foi representativo para o estado da Saxônia, que tem uma taxa de infecção relativamente menor em comparação com outras partes da Alemanha.

Para outros estados com baixas taxas de infecção, o estudo sugere que as escolas poderiam ser reabertas sem causar surtos generalizados do vírus, apontou o político.

Foto: Veja