fbpx

CENTRAL DE ATENDIMENTO 24H: 0800 61 3333

Sedentarismo agrava risco para saúde de diabéticos na pandemia, diz estudo

Pesquisadores brasileiros avaliaram os hábitos de 1,7 mil adultos e as políticas públicas adotadas por 16 países na pandemia do coronavírus

Por Metrópoles

Dois estudos brasileiros publicados na revista científica Diabetes Research and Clinical Practice, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), indicam que a mudança de hábitos das pessoas com diabetes durante a pandemia da Covid-19, incluindo o sedentarismo e a dificuldade de acesso aos medicamentos, é um complicador para a saúde delas caso sejam infectadas pelo novo coronavírus.

Nas publicações, os pesquisadores do Fórum Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), em parceria com instituições nacionais, levaram em consideração o cenário brasileiro e de países da Américas do Sul e Central, uma vez que a diabetes é considerada uma comorbidade que agrava o quadro de quem é diagnosticado com Covid-19.

Ao analisar os dados de 1,7 mil adultos – 60,73% com diabetes tipo 1 e 30,75% com diabetes tipo 2 – entre 22 de abril e 4 de maio, os cientistas notaram o aumento de uma série de fatores que agravam os riscos dessas pessoas, como o adiamento de consultas médicas ou exames de rotina por 38,4% deles; a redução da prática das atividades físicas por 59,5% dos entrevistados ao mesmo tempo em que houve o aumento do tempo assistindo TV, por 48,9% deles, e de uso da internet por 53,5%.

Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores foi o fato de que, entre os 91,5% que monitoram a glicemia, 59,4% tiveram alterações nos níveis dela no período, seja aumento (20%), diminuição (8,2%) ou variação (31,2%).

Políticas públicas
No estudo Covid-19 Impact on People with Diabetes in the South and Central America, os pesquisadores ouviram representantes de 26 entidades de diabetes em 16 países.

Apenas 37% dessas regiões adotaram políticas públicas para proteger as pessoas com diabetes do novo coronavírus, como a entrega de medicamentos suficientes para o tratamento por dois ou três meses (21%) de uma única vez ou a entrega deles em casa (16%). (Com informações de O Globo)

Foto: Moodboard/Getty Images