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Estudo mundial sobre saúde mental na pandemia do coronavírus tem colaboração de universidade de SC

Das quatro instituições de ensino brasileiras envolvidas na pesquisa internacional, a Unesc é quem coordena os estudos no Estado

 

Por NSC Total

 

Como o isolamento social, causado pela pandemia do coronavírus, impacta no comportamento e na saúde mental e física das pessoas? É isso que um estudo internacional quer descobrir, a partir de um levantamento envolvendo 200 pesquisadores de 35 países. A Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), com sede em Criciúma, é uma das quatro instituições de ensino à frente da pesquisa no Brasil.

A participação é através de questionário online, que pode ser respondido por qualquer pessoa maior de 18 anos. As perguntas são relacionadas a mudanças de comportamento durante o isolamento, dores, sentimentos de angústia, solidão, entre outros.

Até a manhã desta quinta-feira (13), 87,3 mil pessoas em 138 países tinham respondido o questionário, que foi traduzido em diversas línguas. No Brasil, 3,3 mil voluntários preencheram a pesquisa, que está disponível no país há três semanas. Em outros países participantes, o levantamento começou ainda em março, e segue até o final da pandemia.

Em Santa Catarina, o projeto COH-FIT (Collaborative Outcomes study on Health and Functioning during Infection Times – Efeitos da Pandemia da Covid-19 sob Desfechos da Saúde Física e Mental da População) é conduzido pela doutora Samira Valvassori, da Unesc. Para Samira, os resultados trarão respostas sobre os impactos do isolamento, para pensar ações futuras e chamar à atenção sobre a importância dos cuidados com a saúde mental.

– Esse pode se tornar o maior banco de dados sobre saúde física e mental do mundo. Pode ajudar gerações futuras a se prevenir mental e fisicamente de acontecimentos que possam surgir, pois é histórico que de tempos em tempos o mundo passa por pandemias – explica Samira.

A mudança no estilo de vida, hábitos e o distanciamento tem causado alterações no comportamento. Quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerar que o coronavírus está estabilizado, a pesquisa seguirá para nova etapas, voltando a contar com a colaboração dos participantes seis meses após o fim da pandemia e também um ano após.

– Foi decretada a pandemia mas não foi feito nenhum tipo de programa para que a pessoa cuidasse de sua saúde física e mental. O isolamento tem desencadeado o aumento no consumo de álcool e outras drogas, a falta de exercícios fisicos também tem seu impacto, então é preciso entender e criar estratégias para que isso não se repita no futuro – projeta.

O estudo colaborativo internacional, com a proposição do foco no coronavírus, é considerado inédito. Também coordenam a pesquisa no Brasil o doutor Ary Gadelha, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), doutor André Brunoni da Universidade de São Paulo (USP) e doutor Felipe Shuch, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

 

Foto: AICOM / Unesc