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Mulheres que passam mais tempo se movimentando reduzem o risco de insuficiência cardíaca, aponta estudo

Levantamento feito com cerca de 81 mil mulheres mostra que aquelas que passaram mais horas paradas aumentaram o risco de insuficiência cardíaca e ficaram mais propensas a desenvolver doenças crônicas

 

Por G1

 

Uma pesquisa publicada no jornal da Associação Americana do Coração aponta que mesmo mantendo atividades físicas regulares e uma rotina saudável de exercícios, mulheres com idades entre 50 e 79 anos que passam mais horas acordadas em comportamentos sedentários (como sentar ou deitar) têm um risco aumentado de insuficiência cardíaca grave o suficiente para exigir hospitalização.

Para determinar como o aumento do tempo sedentário tinha impacto no risco de insuficiência cardíaca, os pesquisadores analisaram registros de cerca de 81 mil mulheres na pós-menopausa que relataram a quantidade de tempo que passam diariamente acordadas, sentadas, deitadas ou fisicamente ativas.

As participantes foram divididas em grupos determinados pelo total de sedentarismo diário (tempo total em que ficavam sem realizar atividades): cerca de 6 horas ou menos, entre 6 e 9 horas e meia, e mais de 9 horas e meia.

O número total de horas diárias gastas sentado para cada participante também foi discriminado:

  • 4 horas e meia ou menos
  • Entre 4 e 8 horas e meia
  • Mais de 8 horas e meia

Nenhuma das participantes tinha diagnóstico de insuficiência cardíaca quando o estudo começou. Os grupos foram acompanhados durante nove anos.

Resultados

Com o passar dos anos, 1.402 mulheres foram hospitalizadas por insuficiência cardíaca.

Em comparação com mulheres que relataram passar menos de 6 horas e meia por dia, sentadas ou deitadas, o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca foi:

  • 15% maior em mulheres que relataram entre 6 e 9 horas diárias gastas sentadas ou deitadas.
  • 42% maior em mulheres que relataram mais de 9 horas e meia diárias gastas sentadas ou deitadas.

Em comparação com mulheres que relataram ficar sentadas por menos de 4 horas por dia, o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca foi:

  • 14% maior em mulheres que permaneceram sedentárias entre 4 e 8 horas por dia.
  • 54% maior em mulheres que se permaneceram sedentárias mais de 8 horas por dia.

Sedentarismo diário

Para os pesquisadores, o estudo confirma o que já vem sendo apontado em outros levantamentos: pessoas com mais tempo sedentário diário têm mais probabilidade de desenvolver doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas.

A associação entre tempo mais sedentário e maior risco de hospitalização por insuficiência foi encontrada mesmo no subgrupo de mulheres mais ativas fisicamente e que atingiram os níveis de atividade recomendados.

Para os pesquisadores, o levantamento serve de alerta para que as pessoas passem a se movimentar mais, reduzindo consequentemente o tempo de sedentarismo diário. Segundo eles, uma simples ação como ficar em pé por cinco minutos ou mexer os pés já conta como uma atividade.

 

Foto: Freepik