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Câncer de mama ultrapassa o de pulmão como o mais comum do mundo

Estudo sugere que mudanças no estilo de vida das mulheres têm contribuído para o aumento de fatores de risco associados a tumores malignos nos seios

Por Revista Galileu

Uma das principais causas de morte no mundo é o câncer: uma a cada cinco pessoas desenvolve a doença ao longo da vida. Tumores malignos matam um a cada oito homens e uma a cada 11 mulheres, segundo o relatório Global Cancer Statistics 2020, da Associação Americana do Câncer (ACS) e da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC). O documento, que reúne dados de 185 países, indica também que, pela primeira vez, o câncer de mama é o mais comum no planeta.

De acordo com a pesquisa, publicada nesata quinta-feira (4) no jornal científico CA: A Cancer Journal for Clinicians, estima-se qie 19,3 milhões de novos casos de câncer foram diagnosticados em 2020. Aproximadamente 2,3 milhões (11,7%) deles são de mama. O segundo tipo mais comum de câncer é o de pulmão (11,4%), seguido do colorretal (10%), de próstata (7,3%) e de estômago (5,6%).

O levantamento mostra que os casos de câncer de mama têm aumentado em países onde esse tipo de tumor tradicionalmente tem um histórico de baixa incidência. De acordo com os pesquisadores, grandes mudanças no estilo de vida têm contribuído para o aumento na prevalência de fatores de risco relacionados a esses tumores, como excesso de peso corporal, sedentarismo, consumo de álcool, adiamento da gravidez e diminuição de partos e de amamentação.

Apesar do câncer de mama ser o mais comum do mundo, o de pulmão ainda é o que causa mais mortes. Em 2020, houve quase 10 milhões de óbitos por câncer: 1,8 milhão (18%) em decorrência de tumores pulmonares, 9,4% devido a câncer colorretal, 8,3% no fígado, 7,7% de estômago e 6,9% de mama.

Os dados do relatório Global Cancer Statistics 2020 foram coletados antes de 2020, portanto não refletem o impacto da pandemia do novo coronavírus no diagnóstico e nas mortes por câncer. Ainda não se sabe a dimensão das consequências da Covid-19, mas o estudo observa que atrasos no diagnóstico e no tratamento podem resultar em um declínio de casos seguido por um aumento na detecção de câncer em estágios avançados, além de uma possível elevação nos óbitos causados por tumores malignos.

A projeção é de que haja um crescimento de 47% no número de casos de câncer em 2040 em comparação a 2020, com cerca de 28,4 milhões de novos diagnósticos no mundo. O relatório alerta também que, sem medidas para conter esse avanço, os sistemas de saúde correm risco de ficar sobrecarregados.

Foto: Ed Uthman/ flickr/Creative commons