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Lentes desenvolvidas com ouro que corrigem daltonismo são seguras

Segundo sociedade norte-americana, nanopartículas de ouro apresentam menos toxicidade e mais eficiência em comparação a corantes e óculos coloridos que ajudam na distinção entre vermelho e verde

Por Revista Galileu

Identificar se uma banana está madura ou se é hora de parar ou andar diante de um semáforo no trânsito são atividades diárias nada simples para pessoas com daltonismo. Muitos estudos são desenvolvidos no sentido de atenuar as falhas na percepção de cores, principalmente na distinção entre vermelho e verde. Mas apenas mais recentemente pesquisadores passaram a buscar soluções que corrijam olhos daltônicos, como lentes de contato.

Já foram criados óculos coloridos e lentes de contato tingidas com o objetivo de realçar os tons das cores e torná-las mais visíveis. No entanto, o material desses produtos tem gerado preocupações sobre a segurança dos usuários. Em fevereiro, pesquisadores da Sociedade Química Americana (ACS), nos Estados Unidos, demonstraram em um artigo publicado na ACS Publications uma opção segura.

Para substituir as lentes volumosas dos óculos e evitar riscos ao consumidor, a equipe de pesquisadores da ACS, liderada pelos químicos Ahmed Salih e Haider Butt, optou por verificar se o uso de nanopartículas de ouro (não tóxico), no lugar de corantes, poderia melhorar o contraste vermelho-verde com segurança e eficácia.

Na produção das lentes de contato, as nanopartículas de ouro foram misturadas a um polímero de hidrogel, tornando-se um gel rosa capaz de filtrar luzes com um comprimento de onda entre 520 e 580 nanômetros. Esse é o intervalo no qual o vermelho e o verde se sobrepõem, o que gera a confusão na distinção das cores.

Os resultados em laboratório foram positivos e indicaram que as partículas de ouro não se aglomeraram nem filtraram mais cores do que o necessário, sem indicar toxicidade no experimento. Em comparação aos óculos coloridos já disponíveis no mercado, as lentes com ouro se mostraram mais precisas no bloqueio de comprimentos de onda. O próximo passo, segundo os pesquisadores, é a realização de testes clínicos.

Foto: ACS Nano

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