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Em estudo, risco de reinfecção por Covid-19 em idosos se mantém baixo por 10 meses

Pesquisa que avaliou 682 residentes e 1.429 funcionários de casas de repouso no Reino Unido indica que primeira infecção pelo Sars-CoV-2 aumenta proteção contra o vírus

Por Revista Galileu

Uma equipe de cientistas liderada pela Universidade College London (UCL), na Inglaterra, avaliou residentes e funcionários de casas de repouso e concluiu que aqueles que já haviam sido infectados pelo Sars-CoV-2 tinham menor risco de contrair o vírus novamente 10 meses após a primeira infecção.

A pesquisa foi publicada na última terça-feira (1), no jornal científico The Lancet Healthy Longevity. O trabalho envolveu 682 residentes com idade média de 86 anos e 1.429 funcionários que passaram por testes para avaliar a presença de anticorpos contra o coronavírus, entre os meses de junho e julho de 2020.

Entre os idosos infectados anteriormente com o vírus, 85% apresentaram menor probabilidade de reinfecção entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021. Isso quando o grupo foi comparado aos moradores que não haviam contraído o agente infeccioso.

Já quando se trata dos funcionários das casas de repouso, 60% deles tiveram menosr risco de reinfecção no mesmo período, o que indica que também podem ter adquirido algum tipo de defesa contra o coronavírus ao longo do tempo.

“O fato de que a infecção anterior por Covid-19 oferece um alto nível de proteção aos residentes de lares de idosos também é reconfortante, dadas as preocupações anteriores de que esses indivíduos possam ter respostas imunológicas menos robustas associadas ao aumento da idade”, comenta Maria Krutikov, primeira autora da pesquisa, em comunicado.

Os pesquisadores citam que seus achados levaram em consideração um período no qual surgiu a variante Alpha, que é mais contagiosa, e foi identificada pela primeira vez no Reino Unido. No entanto, o estudo não considera a cepa Delta, que foi descoberta originalmente na Índia e também tornou-se dominante na Grã-Bretanha.

Além disso, foram excluídos da pesquisa aqueles que já haviam tomado a primeira dose da vacina contra Covid-19. Portanto, a análise não considerou o impacto que a vacinação poderia ter nos resultados.

Foram identificados apenas 14 casos possíveis de reinfecção, que afetavam principalmente os trabalhadores dos asilos. “O baixo número de reinfecções reduziu o poder estatístico e restringiu fortes conclusões sobre os perfis de sintomas, mas a maioria das reinfecções na equipe e residentes foram sintomáticas”, escreveram os autores no estudo.

Foto: Mufid Majnun/Unsplash