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Estudo: quem tem diabetes e dorme mal possui maior risco de morte prematura

Pessoas que dormem mal e têm diabetes tipo 2 possuem maior risco de morrer prematuramente, segundo um novo estudo publicado no periódico Journal of Sleep Research nesta terça-feira (8).

Por Uol Viva Bem

Durante os nove anos da pesquisa, os cientistas descobriram que esse grupo tem 87% mais probabilidade de morrer mais cedo — por qualquer causa, como um ataque cardíaco — do que os indivíduos sem diabetes ou distúrbios do sono, como insônia, apneia, entre outros.

“Se você não tem diabetes, os distúrbios do sono ainda estão associados a um risco maior de morrer, mas é maior para quem tem diabetes”, explica uma das autoras do estudo Kristen Knutson.

Como o estudo foi feito?
Os pesquisadores analisaram dados de 500 mil adultos com idades de 37 e 73 anos do Reino Unido, entre março de 2006 e outubro de 2010.

Uma das perguntas feitas era: “Você tem dificuldade para adormecer à noite ou acorda no meio da noite?”, e as respostas poderiam ser: “nunca/raramente”, “às vezes” ou “normalmente”.

Os cientistas também examinaram a interação entre a presença de distúrbios do sono e o diabetes. Os participantes eram classificados como diabéticos se relatassem um diagnóstico prévio da doença ou se faziam uso de insulina.

Quais foram os resultados do estudo
O risco de morte, por qualquer causa, foi 87% maior entre aqueles com diabetes e distúrbios frequentes do sono;
Pessoas com diabetes e problemas de sono tinham 12% mais probabilidade de morrer do que aquelas que tinham diabetes, mas sem distúrbios do sono frequentes;
Já os participantes com diabetes, mas sem problemas para dormir, tinham 67% mais chances de morrer em comparação com pessoas sem diabetes ou problemas de sono;
As pessoas que dormiam mal, mas não tinham diabetes, apresentavam 11% mais chances de morrer no período de acompanhamento de nove anos do que os participantes sem diabetes que dormiam bem.
Por que este estudo é importante?
A ligação entre um sono insatisfatório e problemas de saúde já é bem conhecida entre os cientistas, mas os resultados “ilustram claramente o problema” — embora seja um estudo que mostre uma associação e não causa e efeito.

De acordo com os pesquisadores, também reforça o papel dos médicos, que devem levar os problemas de sono tão a sério quanto outros fatores de risco. E com isso, os profissionais trabalhem ao lado do paciente com a redução e mitigação de riscos.

“É particularmente importante para os médicos que tratam pessoas com diabetes que eles investiguem os distúrbios do sono e considerem os tratamentos mais apropriados”, diz Knutson.

Foto: Getty Images