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Presença de proteína na retina pode indicar diagnóstico de Alzheimer

Estudo compara placas amiloides dos olhos com as que se acumulam nas células cerebrais e conclui que elas podem servir para detectar estágio inicial da doença

Por Revista Galileu

Cientistas descobriram que depósitos de certas proteínas na retina podem ajudar a avaliar o risco de Alzheimer em seu estágio inicial. Os resultados foram publicados no último dia 17 de agosto na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

Chamados de placas amiloides, os depósitos proteicos também se acumulam entre células cerebrais, levando à morte de neurônios e causado a neurogeneração típica do Alzheimer. Sabendo disso, os pesquisadores compararam testes das proteínas da retina com coletas provenientes do tecido cerebral, considerando inclusive dados de outro estudo sobre o tema.

Liderada por uma equpe da Universidade da Califórnia em San Diego, nos Estados Unidos, a equipe considerou exames feitos em oito pessoas. Utilizando a curcumina, princípio ativo extraído da cúrcuma, os especialistas observaram assim que as imagens de manchas na retina dos pacientes tinham correlação com varreduras cerebrais contendo altos níveis de amiloides.

“A curcumina se liga à amiloide in vivo e tem sido usada como reagente de contraste para identificar depósitos de amiloide na retina de indivíduos com diagnóstico de Déficit Cognitivo Ligeiro (MCI) bem como doença de Alzheimer leve a moderada”, explicam os pesquisadores, no estudo.

Em comunicado, Robert Rissman, líder da pesquisa, avalia que os resultados são “encorajadores”, porque sugerem que pode ser possível determinar o início, a disseminação e a morfologia do Alzheimer usando imagens da retina, em vez das varreduras cerebrais, que são mais difíceis e caras de serem feitas.

Segundo o especialista, a equipe ainda aguarda resultados de varreduras adicionais da retina e planeja realizar um estudo maior e mais duradouro sobre as placas amiloides. Um dos objetivos futuros dos cientistas é buscar nas imagens o impacto do uso do anticorpo monoclonal solanezumabe, estudado para tratar a doenças neurodegenerativas.

Foto: NeuroVision