fbpx

CENTRAL DE ATENDIMENTO 24H: 0800 61 3333

Planta medicinal da Samoa pode ser tão eficaz quanto ibuprofeno, diz estudo

A pesquisa comparou a ação anti-inflamatória de uma planta conhecida como matalafi (Psychotria insularum) com a do ibuprofeno

Por Revista Galileu

A Psychotria insularum, uma planta medicinal muito popular na Samoa, apresentou resultados promissores em uma recente pesquisa científica. Conhecida como matalafi pelos samoanos, ela tem ação anti-inflamatória tão eficiente quanto o ibuprofeno, de acordo com o estudo de Seeseei Molimau-Samasoni, diretora da divisão de tecnologias de plantas e pós-colheita da Organização de Pesquisa da Samoa.

O estudo está em fase de revisão de pares e será publicado pela PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America), o periódico científico da National Academy of Sciences (NAS), dos Estados Unidos.

“Num primeiro momento, eu estava cética durante a pesquisa”, declarou Molimau-Samasoni ao The Guardian. A cientista diz que a planta é cercada de superstições, mas despertou nela a vontade de estudar sua ação medicinal. A avó de Molimau-Samasoni era curandeira e, antes de morrer, passou à neta seu conhecimento sobre o poder das plantas.

A matalafi é consumida através da extração do líquido de suas folhas. Quanto à ação curativa da planta, a pesquisadora se mostra muito otimista com suas descobertas. “Agora a gente pode frisar não apenas o seu potencial como agente anti-inflamatório, mas também como um tratamento para câncer, doenças neurodegenerativas, diabetes, doenças cardiovasculares e até Covid-19”.

Ainda é cedo para dizer se a matalafi vai granhar o mundo, mas Molimau-Samasoni aponta que a medicina tradicional (que passou a ser considerada alternativa após a popularização da medicina moderna) já contribuiu muito para a indústria farmacêutica. E, segundo a cientista, a Samoa está cheia de plantas com poderes curativos.

“Nós agora temos um laboratório dedicado aos benefícios antimicrobianos dos medicamentos tradicionais, um laboratório pesquisando a ação contra o diabetes e outro olhando para os efeitos anticâncer. Estamos apenas começando”.

Foto: Anna Shvets via Pexels