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Telemedicina deve fechar 2022 com US$ 2,82 bi de faturamento

Por Medicina S/A

A receita no mercado de Saúde Digital está projetada para atingir US$ 2,82 bilhões em 2022 no Brasil. Espera-se que a receita mostre uma taxa de crescimento anual (CAGR) até 2027 de 10,80%, resultando em um volume de mercado projetado de US$ 4,71 bilhões. Os dados são da Statista, empresa especialista em analisar informações de mercados e consumidores.

Para Eduardo Cordioli, membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital (Saúde Digital Brasil), ajudar a quebrar as barreiras de acesso, envolver menores custos operacionais e exigir menos burocracia para execução, em um país em que saúde é um produto de demanda extremamente reprimida, são pontos favoráveis para o aumento da receita e o crescimento dos investimentos. Além disso, trata-se de um mercado que está começando a ganhar tração agora e com muitas oportunidades de crescimento.

“É claro que os investimentos no setor, assim como tudo o que é capital de risco, estão menores, porém tendem a retomar. Inclusive, recentemente, vimos que um dos maiores M&A da história da Amazon envolvia a compra de um serviço de saúde por US$ 39 bilhões”, ressalta.

Segundo dados da plataforma de dados Dealroom, embora em desaceleração, o setor de healthtech foi o que apresentou o menor percentual de redução dos investimentos no segundo trimestre 2022, em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Mais de US$ 11 bilhões foram investidos em startups de tecnologia para saúde no período, representando uma queda de 0,5x em relação ao segundo trimestre do ano passado. O investimento global em tecnologia de saúde está a caminho de superar o financiamento em 2020.

Apesar de o avanço do setor não ter sido ser tão agressivo esse ano como foi em 2020 e 2021, dentre as tendências para 2022 está a estabilização da utilização de teleconsultas como atividade cotidiana e em caráter complementar aos serviços tradicionais e, com isso, os níveis de serviços prestados pelas empresas ficarão mais robustos e complexos, garantindo o contínuo crescimento do mercado.

O mercado de Saúde Digital abrange um amplo escopo de tecnologias que variam de aplicativos móveis de saúde a dispositivos vestíveis conectados e telemedicina. O uso onipresente da internet e smartphones, aliada à tendência de mudança para estilos de vida mais saudáveis e aumento do bem-estar, provocaram um crescimento significativo nesse mercado. A pandemia do Covid-19 acelerou positivamente o crescimento do mercado de Saúde Digital, tornando os cuidados de saúde e o automonitoramento das condições de saúde mais acessíveis ao público.

Por conta de todos esses aspectos, Cordioli complementa que é importante ter alguma regulação que ajude a trazer segurança para a prática da telemedicina. Inclusive, como parte do seu comprometimento em aperfeiçoar o modelo assistencial e de sua preocupação em garantir que cada um dos pacientes e médicos que recorram à telemedicina tenham uma referência para guiar suas decisões, a Saúde Digital Brasil acaba de lançar o primeiro Manual de Boas Práticas de Telemedicina e Telessaúde. Dividido em quatro capítulos, o material, elaborado pelas principais lideranças e autoridades no tema no Brasil, reúne conhecimento técnico e padroniza as principais práticas para o exercício da telessaúde e da telemedicina. Dentre os tópicos abordados estão as boas práticas para a telemedicina direta ao paciente, segurança da informação, prescrição eletrônica e registro de dispensação digital de medicamentos e interoperabilidade.

Foto: Reprodução/Medicina S/A