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O que se sabe sobre o surto de fungos associado a cirurgias com anestesia no México

Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informaram que casos de meningite fúngica estão associados a pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos sob anestesia peridural; ao menos duas pessoas morreram

Por CNN Brasil

Os Estados Unidos e o México investigam um surto de fungos relacionado a cirurgias na cidade mexicana de Matamoros.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que atuam em colaboração com o Ministério da Saúde do país vizinho, informaram que casos de meningite fúngica estão associados a pacientes que foram submetidos a procedimentos cirúrgicos sob anestesia peridural, um tipo de anestesia parcial. Ao menos duas pessoas morreram, segundo o CDC.

De acordo com o CDC, as autoridades identificaram duas clínicas associadas ao surto de meningite fúngica, o River Side Surgical Center e a Clínica K-3, que foram fechadas no dia 13 de maio.

Pelo menos 220 pessoas em 24 estados e jurisdições dos EUA que receberam esse tipo de anestesia nas duas clínicas, do início do ano até o fechamento das unidades, podem estar em risco de desenvolver meningite.

Cenário

Dados do CDC, atualizados na sexta-feira (26), apontam que 195 pacientes estão sob investigação, incluindo pessoas sem sintomas ou com sinais desconhecidos. Os casos suspeitos, com sintomas consistentes com meningite mas resultados de punção lombar pendentes ou desconhecidos, chegam a 14. Os casos prováveis, com resultados da punção lombar que sugerem meningite, são 11.

Os departamentos de saúde estaduais e locais estão entrando em contato diretamente com as pessoas que passaram por procedimentos nos estabelecimentos desde janeiro. Os pacientes recebem instruções para buscar atendimento para testes de diagnóstico, incluindo ressonância magnética e punção lombar.

Os sintomas da meningite fúngica incluem febre, dor de cabeça, rigidez do pescoço, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e confusão. De acordo com o CDC, pode levar semanas para que os sintomas se desenvolvam, e os sinais podem ser muito leves ou ausentes no início da infecção. No entanto, uma vez que os sintomas começam, eles podem rapidamente se tornar graves e potencialmente fatais.

Investigação

Os especialistas norte-americanos e mexicanos investigam quais são os microrganismos por trás do surto. Segundo o CDC, há uma suspeita de infecção fúngica com base no líquido cefalorraquidiano elevado e nos níveis de um biomarcador fúngico em vários pacientes.

O Laboratório Nacional Mexicano informou que quatro pacientes no país testaram positivo para o fungo Fusarium solani em testes de DNA. O CDC investiga ainda como as pessoas foram expostas a possíveis agentes infecciosos durante os procedimentos e se outras clínicas foram envolvidas.