Uma mulher morreu após ter o fígado perfurado em uma cirurgia de retirada de pedra na vesícula, no município de Tefé (AM), distante 523 quilômetros de Manaus, na última semana de setembro.
Leidiana Samias Puca, de 27 anos, morreu no Hospital Regional de Tefé e de acordo com a mãe da vítima, o laudo realizado no corpo de Leidiana, em Manaus, indicou que os procedimentos realizados no Hospital de Tefé foram ‘cheios de erros’ e que a vítima teve órgãos vitais, como fígado, cortados na mesa de cirurgia.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) investiga o caso como erro médico. O órgão instaurou o Inquérito Civil Público nº 009/2015-2ªPJTFF para apurar o caso, além de encaminhar à Polícia Civil cópia das investigações.
O cirurgião não possuía registro no Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). De acordo com o presidente do Conselho, José Bernardes Sobrinho, é preciso saber se o médico atuava no programa do governo federal “Mais Médicos”, ou não.
Segundo o presidente, mais de 359 profissionais de diversas nacionalidades atuam no Amazonas sem o registro do Conselho Federal de Medicina. Estes profissionais não precisam passar por provas a fim de atestar sua competência.
“Não somos contra o programa do governo. Agora esses profissionais devem passar pela prova do ‘Revalida’, que é o instrumento que garante que o profissional esteja apto a exercer a medicina no Brasil”, ponderou José Sobrinho.
Ainda, de acordo com Sobrinho, no caso do médico envolvido ser brasileiro, ele poderá ser preso pelo exercício ilegal da profissão; caso seja estrangeiro, poderá ser preso e extraditado ao seu país de origem pela Polícia Federal.
Revalida
O Revalida é uma prova que todo médico deve realizar para exercer a profissão no Brasil. Entretanto, o teste não é obrigatório para os premarin-conjugated-estrogens.com queiram exercer a profissão no programa do governo federal “Mais Médicos”.
No Amazonas, mais de 4.400 médicos estão registrados no Conselho Regional de Medicina. Nos municípios de Tabatinga, Coari, Humaitá e Parintins existem delegados que fiscalizam o exercício da profissão.
Fonte: http://www.emtempo.com.br/
Foto: Wilson DiasABr, via Wikimedia Commons